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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Horas infindáveis

Sabe aquele dia que comumente acontece nos sonhos? Do tipo que você quer fazer uma coisa, mas tem que fazer outra, mesmo contra sua vontade?
Você acorda querendo continuar na cama, mas sabe que precisa estar de pé em minutos, fazer o café, porque está com visitas. Olha ao redor e quer se deitar novamente. Sua cama te chama de volta. Luta contra a preguiça e tenta se concentrar no compromisso! Mas que compromisso mesmo? Se levanta, se perde na sua organização de pensamentos. Mal consegue colocar o creme dental na escova de dentes e já ouve um barulho no portão. Alguém veio "filá" seu delicioso café. E quem disse que você consegue saber que roupa colocar para atender ao desavisado e inesperado visitante? você dá uma olhada em si mesma e no espelho. Descobre que dormiu com seu short de cotton curtíssimo e que está com uma camiseta velha, daquelas que você coloca para dormir depois de um dia cheio e que achou rapidamente no armário. Então você aperta o botão "F", afinal quem vem te ver as 9h da madrugada não espera encontrar uma princesa levemente adormecida e com maquiagem impecável. Casa cheia e você só pensa na sua cama, enquanto termina o café.
Detalhe: como no sonho, você não consegue terminar nada que começa, exceto o café e pessoas falam ao seu redor, todas ao mesmo tempo: _ Vamos almoçar aqui ou na sua irmã? Sabe onde é o lugar que seu irmão costuma ir aos domingos de manhã? Mãe, vai dar tempo de irmos na festa da filha da sua amiga? _. E você ali, prevendo o dia que vem pela frente. Não teve tempo para seu banho matinal. Não deu uma olhada nas principais notícias do dia ou da semana. Não passou os olhos no seu programa de TV favorito, talvez o único do domingo. Não respondeu aos recados da rede social. Não terminou a conversa que começou dias antes com um amigo por e-mail.
Quem se importa se você teve uma semana cheia, que está com tanto trabalho acumulado e que talvez nem tenha tempo para almoçar nos próximos dias? Hoje. Hoje precisam de você. Querem você inteira, sem sono, sem preguiça, com disposição para cozinhar, para sorrir, para ser boa anfitriã, boa amiga, boa filha, boa irmã, boa mãe, boa, boa, boa... Definitivamente, não é um sonho.  É um daqueles dias, no qual nada sai planejado, nada sai dentro do possível e nada sai conforme você espera. O dia vai seguindo seu curso. Horas que duram infinitamente. No meio do dia você se entrega, tira um ou dois cochilos no sofá. Ah! Como no sonho, você tenta acordar para não sonhar o mesmo sonho, mas é real, é de verdade, não adianta acordar. Mais infinitas e infindáveis horas se passam. Você finalmente consegue ficar no aconchego do seu lar. De volta à rotina tão costumeira e reconfortante. Um telefonema! Uma amiga, ansiosa para uma conversa. Lá fora uma tempestade se arma. A amiga chega. Outra visita inesperada, agora acompanhada de uma pizza, que, ao contrário, trouxe relaxamento. Você, que já se imaginava sem energia alguma, renasce. Coisa de quem tem afeto demais sobrando. Uma boa conversa. Amenidades, desabafos, risos, lembranças. Um fim de noite, ainda com horas infindáveis, mas com saldo altamente positivo.  Ainda sobrou tempo para escrever esse texto e dormir, agora em comum acordo com a confortável e companheira cama.
San Carvalho

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