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sábado, 27 de abril de 2013

Tributo às Estações.

Elas estão cada dia mais definidas em sua beleza e cada uma trás consigo encantamento, doçura, frescor, paz, fé e a certeza que somos cuidados por Nosso Deus,  Delicado e Carinhoso.

O Inverno. Uma estação que nos confere elegância e aconchego. Ele faz com que as pessoas fiquem mais próximas. Aquecemo-nos com uma boa xícara de café, chá ou chocolate quente ou ainda com um abraço longo de uma pessoa querida ou de uma pessoa amada. O cheiro do Inverno é como poesia, tem o dom de nos fazer flutuar.

A Primavera. Ela não chega a ser minha favorita, mas me enobrece, pois floriu com todas as suas cores o meu nascimento. Me sinto honrada, porque, como diz a canção: "quando entra setembro a boa nova anda pelos campos e brota o perdão onde se plantou". Os muitos cheiros da primavera me leva ao frescor das muitas flores e cores, dos pássaros que voam e revoam nossos jardins.



O verão. Ah, o verão! As pessoas se sentem soltas, à vontade com a vida e o sabor da liberdade paira pelo ar. O calor no coração é marca constante desta estação tão alegre, festiva e divertida.


Por último e, de minha preferência, o Outono, com suas manhãs vivas cheias de raios de sol, suas tardes de céu azul, suas noites enluaradas convidando para um passeio de mãos dadas e para um café em companhia de bons amigos, de boas conversas, de bons livros, bons filmes e boa música.

Quando acordo todos os dias coloco em minhas preces o agradecimento pelo dom da vida e pela beleza e entusiamo que a natureza tem por cada um de nós.

Por San carvalho.

http://letras.mus.br/vivaldi/1887729/
(Obra de Vivaldi, vale a pena escutar).

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A inquietude que me traz esse luar.

Como toda pessoa, tem dias que me pego mais incomodada e pensativa que em outros. Claro que sei que isso é perfeitamente natural. A lua linda que está no céu esta noite talvez tenha contribuição simbólica.
Ocorre que, se tem algo que me deixa de verdade inquieta é não finalizar uma conversa. Colocar um ponto final, sabe? E olha que sou adepta da filosofia de vez por outra "dormir sobre o assunto". Sim, quando se trata de decisões a serem tomadas concordo que deixar o arrepio do braço abaixar e ter cautela é a melhor atitude. 
Confesso que já fui explosiva, pavio curto, mas hoje em dia poucas coisas me causam irritação. No que se refere a mim, bem poucas mesmo. Tenho trabalhado meu jeito de ser ao longo de minha existência. Há muito a melhorar, bem sei. 
Hoje, especificamente me encontro incomodada porque não finalizei como devia uma conversa com um amigo.
Já faz um tempo que nos conhecemos, mas tenho muita dificuldade em conviver com o jeito de ser dele. Segundo ele fui a primeira pessoa que teve coragem (nem sei se foi coragem ou descuido) de dizer que ele é uma pessoa arrogante. Em princípio não pensei que estivesse dizendo alguma novidade, afinal é uma característica tão visível nele! E, sinceramente não considero que o fato dele ser assim o desmereça. Acho até que dá um charme à personalidade tão intrigante que ele possui. Durante nossa conversa, mais uma vez quis me fazer entender e ele não se mostrou disposto a se fazer de entendido. Isso me causa uma sensação forte de frustração. Porque raios não consigo deixar claro para uma pessoa dizendo tão claramente o que digo? Pensando cá com meus botões e inquietudes descobri nele mais uma característica que nem sei se vou conseguir revelar um dia (se bem, que se ele for meu leitor assíduo vai entender o recado). Enfim, descobri nele algo que estava bem embaixo, bem escondido lá no fundo de seu jeito de ser, atrás do seu charme, camuflado pela pessoa exótica que ele é. Ele, que tem um bem querer enorme por mim e eu reciprocamente é um homem mimado. Acreditem. É possível conviver com uma pessoa tanto tempo, admirá-la, entender, veja bem, entender, não aceitar suas posições sobre a vida e não reparar numa característica tão peculiar e pueril? Sim, é. 
Hoje escrevo como desabafo, porque não finalizei uma conversa do modo como eu deveria, ou seja, dizendo claramente que, apesar do tanto que eu o considero e o quero bem eu o acho uma pessoa extremante mimada (não encontrei outra palavra, talvez seja a lua) e basta que lhe retirem o brinquedo para que faça birra.
Lamento se estiver enganada, mas por outro lado espero estar enganada, porque não sou a dona da verdade e nem tenho intenção de ser.

Desculpem-me se escrevo hoje tão ordinariamente, mas esse blog também tem como função me aliviar o que me vem incomodando na alma. E nesse instante precisava escrever o que poderia sufocar dentro de mim uma grande amizade. Amigo, arrogante, mimado e muito querido, mas ainda assim: A M I G O (não preciso desenhar).
Porque assim sou eu, assim é você e assim também serão as pessoas diferentes e singulares que encontraremos ao longo da vida.
Só por hoje vou culpar o luar.

Por San Carvalho


terça-feira, 23 de abril de 2013

O gosto que tenho da vida.

O gosto que tenho da vida tem cheiro de eucalipto de minha infância na fazenda de café onde nasci. Das goiabeiras, onde eu me pendurava e brincava de voar num balanço de corda e madeira. Da roda noturna em torno da fogueira onde se contavam os "causos". Das lamparinas que usávamos para atrair o brilho intenso dos vaga-lumes e brincar de ter as estrelas mais próximas de nós.

O gosto que tenho da vida é a memória fotográfica do sorriso do meu pai. Do cheiro que ele tinha. Dos momentos que ele se dedicava a cortar toda a cana-de-açúcar em pequenos gomos ou descascar todas as laranjas num gesto de carinho absoluto, para que os filhos pequenos pudessem se deliciar junto dele o sabor da sua presença. 


O gosto que tenho da vida é falar toda semana ao telefone com minha mãe e sentir que ela ainda se preocupa comigo como se eu fosse a filha caçula de 14 anos que a privou de viver junto dela a adolescência (eu bem acho que ela ainda me vê com 14) e saber que mesmo de longe ela está sempre comigo no pensamento.


O gosto que tenho da vida tem sabor de torta de limão, goiabada com queijo, doce de leite caseiro.

O gosto que tenho da vida é de bolinho de bacalhau na roda de amigos que riem e falam todos ao mesmo tempo. Eu ali, prestando atenção a tudo e a todos e registrando todos os pormenores.  Coisa de cérebro treinado para a abstração e para a atenção.

O gosto que tenho da vida são os amigos que tenho, os amigos de infância, os amigos do colégio, os amigos da faculdade e os amigos que ainda passarão por mim.

O gosto que tenho da vida é o de ser simples e ter orgulho de minha simplicidade e dessa forma conquistar as pessoas pelo que sou. Afinal de contas o SER para mim é mais importante que o TER.

O gosto que tenho da vida é o de ser mãe. Sentimento que de tão grande chega a doer na gente. Não cabe dentro do peito e transborda pelos olhos, pela boca e sobretudo pelo coração. É o de ver minhas crias crescendo, cada uma com seu jeito peculiar e cristalizando suas personalidades. Crescendo, mas sobretudo amigas, companheiras, parceiras, boa gente. Que orgulho eu tenho de ter filhas como elas!

O gosto que tenho da vida é acordar sentindo cheiro de café coado na hora e sentir um aconchego que encanta, embala e me faz sentir em casa.

O gosto que tenho da vida é rever gente querida, como a minha família, que se espalhou pelo mundo e com a vida corrida não se reúne mais. É ter a oportunidade de estar com cada um deles, mesmo que separadamente e saber que distantes somos sangue do mesmo sangue e sempre poderemos contar uns com os outros.

Enfim..
O gosto que tenho da vida é acreditar nos bons sentimentos. É acreditar na possibilidade de amar, de ser amada, ainda que isto me assuste. É acreditar na lealdade das pessoas. É viver o presente, dia após dia, sem querer logo que chegue a sexta feira, porque o dia de hoje é o que me faz intensa, cordial, amiga e porque não dizer: feliz.
Ah, como é saboroso o gosto que tenho da vida!

Por San Carvalho


domingo, 14 de abril de 2013

Tempo de renovação

Este texto estava em minha caixa de rascunhos desde a manhã em que renunciou o Papa Bento XVI. Confesso que pensei em não publicá-lo. Hoje, resolvi retirá-lo de lá por conta de uma bela homilia na missa da manhã, que mexeu muito com meu espírito. 
Quanta especulação desnecessária há nesse mundo! Mídias absurdas.
Deixemos os mortos na boate da cidade Santa Maria descansarem em paz, para que seus pais possam chorar a perda de seus filhos e que a justiça seja feita, embora eu, pessoalmente não entenda bem os rumos mal enviesados que segue a tal investigação. Porque então não deixar que o até então líder dos cristãos/católicos exercesse o direito que lhe é conferido de renunciar? A nós, que temos fé, acima de tudo, devemos respeito à decisão, seja ela política ou pessoal. 

De minha parte admiro a manifestação e compreensão de algumas igrejas (Judeus, Anglicanos, Evangélicos, enfim). Lamento a postura de alguns "entendedores e detentores do saber" e que consideram um ato de fraqueza tal renúncia. Pode ter sido sim por fragilidade da saúde, que já não é mais a mesma de tempos atrás. Afinal todos nós temos nossos limites e sabemos até onde podemos ir e quando devemos parar.

Eu, que tenho amigos em todas as religiões, nunca os desrespeitei, nem eles a mim e tenho até amigos que nem acreditam em Deus e ainda assim não dizem tantas bobagens como alguns ditos teólogos "instantâneos".
Como diria o caipira lá na roça onde nasci: "é muito 5 horas de desrespeito pra 2 minutos de assunto".
Foi surpreendente? Foi. O mundo esperava por isto? Não sei, talvez para alguns sim. A renúncia foi política, foi pessoal? E daí? Me surpreendeu? Sim, mas nem tanto, porque sou admiradora incondicional de João Paulo II e mesmo sendo católica, não nivelei minha admiração a ambos, só o respeitei como chefe maior de minha Igreja.

Especulações de fim de mundo sempre houve e sempre haverá. Obtusidade não é algo que se cura com aspira. Aliás, ouvi de um pastor uma certa vez que "algumas pessoas não valem uma cibalena" ele devia saber o dizia. 
Antecipo minhas desculpas e franqueza e continuo respeitando a todos, mas as bobagens que as vezes leio, escuto e vejo não me permitem ficar quieta.

Como só retirei este texto da "gaveta" hoje, data em que já temos um novo líder católico, já posso falar sobre o eleito. Vejo-o como um homem humilde. Percebo-o como um líder, mas sem a vaidade. Um homem de RE-UNIÃO, pois é disto que o mundo precisa, unir-se em torno do mesmo objetivo, independente da bandeira que se ergue. Em nome de um bem comum.

Torço para que o ecumenismo e a paz prevaleçam.

Por San Carvalho


Papa Francisco (03/2013)

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Milhões de palavras quando só três resolvem

Eu tenho um grande defeito e, para alguns, uma qualidade: falo demasiadamente. Hoje não foi um dia bom. Se acalmem, não vão precisar virar o teclado para escorrerem as lágrimas. Estou escrevendo exatamente para que isto não aconteça. Notícias tristes e ruins permearam meu dia. Como sempre digo, o Nosso Deus é Generoso e Delicado e quando estava me sentindo muito mal li algo em algum lugar que dizia que "Ninguém faz cadeados sem chaves, do mesmo modo que Deus não te dá problemas sem solução" (acho que foi uma certa amiga Padilha, dona amiga que adivinha o que preciso escutar, ou no caso, ler). Enfim, embora dentro de um contexto teológico, o trocadilho cabe aqui: é bom saber que vamos encontrar a chave em algum lugar para abrir nossos problemas.
Não foi um dia fácil, mas superável, porque eu  me abato, mas logo me reergo com esperança, confiança e fé.
O saldo de tudo foi um dia difícil e a forte impressão que acabei magoando uma pessoa que eu gosto muito e pela qual tenho muita admiração. Espero estar enganada e logo me acertar com ela.
Enfim, eu precisava compartilhar com vocês o quanto sou frágil, vulnerável e o tanto que acredito e confio no Nosso Deus. Ele tudo pode. Nele eu confio. Já tive provas disto. 
Bem, eu poderia continuar dizendo e dissertando aqui sobre os desígnios Divino e nossa capacidade de resignação, mas para quê dizer milhões de palavras quando só três resolvem?

Ele está comigo.

San Carvalho






terça-feira, 9 de abril de 2013

Seguindo, chorando, sorrindo e... vivendo!

Muito se fala em viver plenamente o luto. Ótimo, concordo. Temos sim que viver o luto que nos cabe pela perda de um ente querido, pela dor que fica, pelo tanto de bem querer que se tem dentro de nós ainda transbordante pela pessoa que nos deixou.Tudo isso é válido e aceito viver meu luto e um dia cessá-lo e deixar no lugar somente a saudade, vaga e serena.
Enquanto isto vou seguindo, chorando pela falta das visitas constantes, pela vontade de chamar e escutar novamente os apelidos carinhosos pelo qual nos tratávamos (pezinho de alface, bichinho de goiaba e branquelos); Sorrindo, pelas risadas que compartilhamos, pelas piadas que contamos, pelos anos que vivemos nos tratando com respeito mútuo e carinho, pelo acolhimento, pela presença na hora que se percebeu precisar estar presente. É assim que eu vivo meu luto, ainda não sereno, mas seguindo em frente, vivendo.
Hoje amanheci "esquisita". Algo me incomodava. Até que vi no calendário o motivo de minha estranheza. Estava inconscientemente sentindo falta de um amigo que se foi exatamente há 2 anos. Na data de hoje nos despedimos de você grande amigo. Parece que foi ontem que você esteve em minha casa e ficamos horas jogando conversa fora. Eu sabia que sua visita naquele dia era para demonstrar sua preocupação comigo, minha saúde e me dizer algo que não saiu em palavras, mas saiu no olhar. Antes de você se despedir nessa última visita você me olhou pela janela do carro e disse: "você e as meninas serão sempre muito importantes para mim e estarão sempre no meu coração". Foi um fim de tarde e tanto aquele. Ainda tivemos outros encontros caro amigo, mas aí você já sabia que em breve nos deixaria e em nenhum desses momentos senti você fraquejar, se vitimizar. Pelo contrário. Lembro de uma de suas últimas frases para mim: "o bonito de ver a vida por um fio é ver minha família unida e você é uma amiga que fiz questão que estivesse por perto".
Você, grande amigo me dobrou neste dia e quase me quebrou. Aprendi com você uma das coisas mais simples que há. Um homem pode ser lapidado pelo afeto que recebe e você se foi devidamente lapidado. O afeto que recebeu de sua família e amigos desconstruiu toda aquela carapaça que você mantinha de homem de poucas palavras, rústico e intransigente. Que nada, você era uma pessoa sensível. Ainda me recordo de ouvir junto com você Almir Sater sentada à porta do seu carro, ABBA e suas coletâneas. Eu aprendi com você que muitas vezes não é preciso palavras doces e bonitas para manifestar o amor, o carinho e o afeto pelo outro. Só é preciso um abraço, um olhar, um gesto. Atitude. Sim, esta é a palavra que melhor te define.
Espero um dia poder chegar bem perto da pessoa que você foi. Que o nosso luto se transforme em saudade e que a saudade nos faça lembrar cada vez mais do exemplo de homem honrado, de chefe de família, bom pai e bom avô.
Desde cedo eu estava pensando em escrever algo em sua homenagem. Não me sinto à altura com as palavras que você merece, mas antes que o dia termine te deixo minha homenagem. 

Fique em paz amigo Cláudio.

A Saudade é uma estrada longa, que começa e não tem mais fim. Suas léguas dão volta ao mundo, mas não voltam por onde vim..."
Almir Sater
San Carvalho