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terça-feira, 9 de abril de 2013

Seguindo, chorando, sorrindo e... vivendo!

Muito se fala em viver plenamente o luto. Ótimo, concordo. Temos sim que viver o luto que nos cabe pela perda de um ente querido, pela dor que fica, pelo tanto de bem querer que se tem dentro de nós ainda transbordante pela pessoa que nos deixou.Tudo isso é válido e aceito viver meu luto e um dia cessá-lo e deixar no lugar somente a saudade, vaga e serena.
Enquanto isto vou seguindo, chorando pela falta das visitas constantes, pela vontade de chamar e escutar novamente os apelidos carinhosos pelo qual nos tratávamos (pezinho de alface, bichinho de goiaba e branquelos); Sorrindo, pelas risadas que compartilhamos, pelas piadas que contamos, pelos anos que vivemos nos tratando com respeito mútuo e carinho, pelo acolhimento, pela presença na hora que se percebeu precisar estar presente. É assim que eu vivo meu luto, ainda não sereno, mas seguindo em frente, vivendo.
Hoje amanheci "esquisita". Algo me incomodava. Até que vi no calendário o motivo de minha estranheza. Estava inconscientemente sentindo falta de um amigo que se foi exatamente há 2 anos. Na data de hoje nos despedimos de você grande amigo. Parece que foi ontem que você esteve em minha casa e ficamos horas jogando conversa fora. Eu sabia que sua visita naquele dia era para demonstrar sua preocupação comigo, minha saúde e me dizer algo que não saiu em palavras, mas saiu no olhar. Antes de você se despedir nessa última visita você me olhou pela janela do carro e disse: "você e as meninas serão sempre muito importantes para mim e estarão sempre no meu coração". Foi um fim de tarde e tanto aquele. Ainda tivemos outros encontros caro amigo, mas aí você já sabia que em breve nos deixaria e em nenhum desses momentos senti você fraquejar, se vitimizar. Pelo contrário. Lembro de uma de suas últimas frases para mim: "o bonito de ver a vida por um fio é ver minha família unida e você é uma amiga que fiz questão que estivesse por perto".
Você, grande amigo me dobrou neste dia e quase me quebrou. Aprendi com você uma das coisas mais simples que há. Um homem pode ser lapidado pelo afeto que recebe e você se foi devidamente lapidado. O afeto que recebeu de sua família e amigos desconstruiu toda aquela carapaça que você mantinha de homem de poucas palavras, rústico e intransigente. Que nada, você era uma pessoa sensível. Ainda me recordo de ouvir junto com você Almir Sater sentada à porta do seu carro, ABBA e suas coletâneas. Eu aprendi com você que muitas vezes não é preciso palavras doces e bonitas para manifestar o amor, o carinho e o afeto pelo outro. Só é preciso um abraço, um olhar, um gesto. Atitude. Sim, esta é a palavra que melhor te define.
Espero um dia poder chegar bem perto da pessoa que você foi. Que o nosso luto se transforme em saudade e que a saudade nos faça lembrar cada vez mais do exemplo de homem honrado, de chefe de família, bom pai e bom avô.
Desde cedo eu estava pensando em escrever algo em sua homenagem. Não me sinto à altura com as palavras que você merece, mas antes que o dia termine te deixo minha homenagem. 

Fique em paz amigo Cláudio.

A Saudade é uma estrada longa, que começa e não tem mais fim. Suas léguas dão volta ao mundo, mas não voltam por onde vim..."
Almir Sater
San Carvalho


Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa Sandra sem palavras pra te agradecer por isso. Meu pai foi mesmo um grande homem, um vencedor.Amigo pra não se por defeito, e eu sou suspeita pra falar...Agora ele etá com o Rei, e nos resta somente a saudade, saudade do amigo, saudade do meu Pai...

Beijão
Tata =)

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