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segunda-feira, 4 de março de 2013

Conto de fadas, fotonovela e realidade, tudo junto e misturado.

Geralmente eu inicio meus contos sem introdução, mas neste caso específico quis dar um toque de narrativa para situar no tempo e no espaço e registrar que me foi encomendado com muito carinho por uma pessoa a quem eu amo muito, admiro e tenho uma consideração imensurável.



Devo dizer que só fiz adaptações necessárias, mas os episódios aqui narrados são reais, tomando o devido cuidado de preservar o que me foi autorizado pela pessoa que vivenciou.

É importante dizer que, como blogueira amadora tenho uma opinião sobre o porque precisamos escrever aquilo que nos arranha a alma. Penso que é uma boa forma de conseguirmos nos livrar de pesos e fantasmas do passado e seguir adiante.



Liberdade e paz, ou Paz e Bem como diria Chico Xavier.


Quem nunca teve um primeiro amor na vida? E atire a primeira pedra quem disser que não ficou mal resolvido pelo meio do caminho. Ficam sim, coisas, situações e palavras mal proferidas e em muitos casos, como de nosso conto a seguir, nunca esquecido.

(Cá entre nós, eu nunca fui perdoada pelo meu primeiro amor, e isso já dura 30 anos).

Ela ainda era uma menina, com 13 ou 14 anos. Ele, um jovem, também adolescente, vizinho de rua e, como todo adolescente em formação tinha suas divergências com a vizinhança. Era alvo de críticas e tomado por filhinho de papai e, digamos, não muito simpático.
Eles se olhavam. Se cumprimentavam, mas ela, criada para ser boa filha, boa aluna e sempre muito presa aos estudos e, com restrições justificáveis  nos tempos atuais para sair de casa. 
Pois bem, com os adventos das redes sociais, ele conseguiu furar o bloqueio real que existia entre ambos e entrou na vida dela por meio virtual, acessando sua rede de amigos e sua ferramenta de comunicação. Ela aceitou, receosa por conta do que ouvira sobre ele e, se surpreendeu com o rapaz, que na verdade era uma boa pessoa e com uma educação bastante a contento.
Deram-se os encontros reais, todos às escondidas, Houve tanta empatia entre eles, que vez por outra ele até se perdia no tempo e se atrasava para o trabalho (talvez aí venha o reforço de bom-vivam moderno), Seguiu-se outros encontros e ela dava toda sua tenção a ele. Todo o tempo que ele tinha livre era dedicado a vê-la, embora ela ainda muito jovem tinha restrições para encontrá-lo.
Foi então que após um mês de relacionamento (aqui sem esse nome, pois ela, por receio fugia do rótulo NAMORO) começaram o que é muito comum numa relação entre dois jovens: intrigas, coisas do tipo "ele não serve para você". Em pouco tempo de relação ambos se separaram não aguentando a pressão de todas as intrigas.
Não foi uma separação fácil, porque em meio a tudo isto ela se percebeu crescendo, tendo que tomar posição e formar opiniões sobre tudo. Percebeu então o quanto esse primeiro amor havia mexido em sua vida.
Como todo romance adolescente existe sempre uma melhor amiga de uma das partes que sabe de tudo o que acontece (nesse caso, a amiga era dele). De posse de tais informações e detalhes, foi muito fácil para que ela própria começasse a rondar o rapaz e ele, em sua imaturidade (muito comum aos homens, sejam de qualquer idade), acabou cedendo aos encantos da amiga. Isso chegou aos ouvidos dela (a personagem desse conto) como um meteoro inesperado, causando estragos no coração ainda imaturo e inexperiente dessa jovem moça.
A nova relação, embora seguindo adiante, não impediu o sentimento de ambos de continuar forte e indestrutível. Com o passar do tempo a inconstância desse novo relacionamento os reaproximou.
Em paralelo a isto houveram tentativas de reatarem e, entre idas e vindas, a tentativa de retomar o que havia sido perdido e mal resolvido lá atrás não funcionou bem. (Como eu sempre digo, vidro quebrado, mesmo com os cacos colados nunca mais será o mesmo).
Restou, no entanto, uma grande amizade entre ambos. Ela sempre presente como uma espécie de salva-vidas nas horas das burradas que ele cometia.
O tempo passou e, aos 17 anos algumas mudanças geográficas o separaram de vez. Ela, tendo que estudar fora, em uma cidade distante. Ele, por coincidência ou talvez motivado por gente que deveria ter um gato para cuidar das sete vidas que os felinos têm ao invés de cuidar da dos outros, aparece na casa dela exatamente um dia antes da mudança. Que surpresa! Ela nem o aguardava. Vaidosa, o recebeu como estava. Afinal, era ele. E não era uma visita de cortesia. Era uma visita que ele deveria ter feito há quatro anos. Finalmente o pedido  em namoro, o pedido para ficarem juntos de vez. Não, agora não. Ela estava com tudo pronto para a viagem, Ele, claro não acredita que estava escapando por entre seus dedos a mulher (agora mulher) que ele sempre quis ou disse querer. Ela mantem seu objetivo e viaja. Ele, após 3 meses consegue retomar o contato, que ela havia cortado por completo. Ele ainda não acreditava que aquilo tinha acontecido. Como foi capaz e obtuso suficientemente para deixar ir a mulher, que descobrira amar.
Ele a reencontra numa rede social. Retomam o contato. Entre choros, não aceitação da distância, desgastes, decepções, ainda assim o sentimento, agora de dois adultos permanecia forte.
Agora a situação de ambos era outra. Ela tinha tomado a decisão que custaria seu futuro. Ele, ainda estava perdido sem saber o que fazer com o seu próprio futuro. 
Ainda imaturo, ele termina o relacionamento atual para poder ter a oportunidade de vê-la ao menos em suas férias. E assim mais dois anos se passaram. Tinham o apoio somente da mãe dele, que o repreendia, cobrando juízo e um comportamento maduro e o incentivava. Fazia gosto até que se casassem. (Já estou achando esse primeiro amor quase um amor para a vida inteira).
Mas como dizem por aí: bolo de "M" não dá ponto nunca. Então ambos não seguraram a situação de ficarem juntos, anônimos e com limitações sazonais de tempo.

Ele, ainda com atitudes inconsequentes, até mesmo para o entendimento de sua família, voltou para o relacionamento com a namorada/estepe, casou-se, mesmo com toda a instabilidade que permeava e ainda permeia esta história.

Ela, a Moça-válvula de escape, a Sra. salva-vidas, a cuidadora, foi deletada da vida dele. 
Segue em frente hoje a mulher em que ela se transformou. A mulher que fez a escolha pela sua auto-estima. Um basta na hora certa, talvez um tempo longo demais, mas o basta veio.
Para ela, o que importa é seu futuro. Seu coração, ainda com os arranhões inegáveis do amor, ainda palpita. (Que maravilha! Pior que não ter o coração palpitando é tê-lo vazio de amor e de ódio).
Ela foi criada para ser feliz e, apesar de tudo, ela segue em frente, porque é assim que tem que ser.

PS: Texto criado com base em fatos reais e obviamente elaborado com todo o cuidado de manter o anonimato, preservando a pessoa que o encomendou.
Espero que ao ler, esta pessoa encare essa fase da vida como uma fase que a fez crescer e amadurecer e que hoje esteja livre para deixar outro amor pousar em seu coração.
Ninguém disse em nenhum lugar que crescer não dói e é fácil.


Por San Carvalho



Um comentário:

Anônimo disse...

pousa, pousa logo!
gostei!

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