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domingo, 22 de janeiro de 2012

Permissão para ficar só.

Se tem algo que eu gosto e não foi fácil admitir é o ato de ficar só. Como eu preciso ficar só! Chego a pedir permissão para ficar só. Claro que não sou nenhuma espécie de eremita gente! Calma! Vamos com calma. Acredito de verdade que tem algumas espécies de humanos que necessitam de alguns momentos de solidão. E eu sou um deles. Hoje, especificamente, estou num desses dias. Solidão necessária. Conto com a ajuda de uma conjuntivite sazonal que se apaixonou pelos meus olhos desde outubro/2011 e isso me coloca numa espécie de prostação. Um desânimo natural do corpo reagindo as tais bactérias. Não é explicável, mas ando muito reservada, sem querer sair com os amigos, sem muitas vontades, exceto as obrigações diárias. Entendo que isso é passageiro e sei que logo estarei viva como a San que meus amigos tanto aprenderam a conviver e porque não dizer, admirar. Tenho refletido muito sobre as questões existenciais, coisa que eu, pessoalmente, acho um "saco". Imagino que o ficar só tenha me levado a estas reflexões. Momentos importantes e pessoais se aproximam e sei que eles contribuem para que estas situações se tornem fortes na minha vida. Calma de novo gente! nenhum sinal de depressão. Escrevo sobre como estou justamente para compartilhar com meus amigos que já passaram ou que estão passando por isto e dizer: não há nada de errado em querer ficar só. Solidão necessária. Admitamos que somos seres sociais, mas que em alguns momentos precisamos do ócio, da mente vazia e o que temos a fazer talvez seja procurar algo que nos dá satisfação. Eu, por exemplo, escrevo. Desabafo. Para quem? Sei também não. Para amigos pacientes e generosos que se aproveitam e se apropriam dos meus momentos e do que escrevo para para me conhecerem. Um dia desses magoei muito um amigo. Recebi dele um e-mail me esculhambando. Não posso deixar de dar-lhe razão, porque houve um mal entendido que não achei que devia resolver, porque simplesmente tive outros problemas mais sérios para solucionar. Quando li o e-mail pensei: será que respondo? Não, não responderei. Num outro momento de maior tranquilidade da parte dele lhe escreverei e lhe direi o que me fez agir de forma que o magoasse. O que posso adiantar é que para resolver problemas diretamente ligados a pessoas muito amadas na minha vida precisei ferí-lo. Admito. Isso não me torna mais leve nem uma heroína, mas admitir já é o começo das passadas que terei que dar para um dia olhar nos seus olhos e dizer o que de fato aconteceu. Sei que talvez ele não retire as duras palavras que me disse no e-mail, mas terei feito a minha parte. O fato é que situações assim, mal resolvidas me fazem calar, me fazem me recolher ao meu ninho e refletir como é difícil ser social, ser generosa e ao mesmo tempo ser o que sou: uma mulher com defeitos e qualidades, mas com características singulares como todas as outras. Bem, estou num domingo/eremita. Algumas questões no momento me aborrecem, mas sei que elas terão soluções, como tudo na minha vida foi se resolvendo com o tal fabuloso tempo passando.
É isso minha gente. Aqui vos fala hoje uma mulher sempre tão boa com as palavras, mas hoje não muito boa com os sentimentos. A vocês que tiveram a paciência de me ler, meu carinho eterno sempre.

San Carvalho
Janeiro/2012



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